~Lyra~
— Vem aqui, gatinha
O segundo em que aquelas palavras escorreram da boca dele, lentas e profundas e carregadas daquele rosnado de Alfa que ele sabe que me deixa insana, minhas coxas se apertaram tão forte que eu juro que vi estrelas por um instante.
Meu corpo inteiro respondeu na hora. Minha respiração falhou, meus mamilos endureceram contra a camisa dele e a minha boceta...? A minha boceta pulsou como se tivesse acabado de ser chamada pelo nome.
Mas eu não me mexi.
Ah, não.
Eu não dei um passo sequer.
Em vez disso, fiquei ali, no meio da sala, descalça, corada, encharcada com o choque pós-guerra e pós-tesão e pós-orgulho, e encarei ele com um sorriso doce demais para ser inocente.
— Você quer que eu vá até você? — Perguntei, deixando as palavras deslizar da minha boca como mel por uma lâmina. — Assim, desse jeito? Depois de tudo que eu acabei de fazer? Depois de transformar a sua ex em uma pilha chorando no canto e fazer a sua filha berrar como se tivesse seis anos de novo?
El