~Damon~
Quando recebi a ligação do meu vizinho dizendo que Camilla estava com uma arma apontada pra própria cabeça, eu não estremeci. Não travei.
Nem sequer parei de meter. Não teve pânico correndo no meu sangue, nenhuma onda de adrenalina, nenhum choque repentino subindo pela minha coluna. Nada. Nem mesmo um porra de batimento fora do ritmo.
O que eu senti foi irritação.
Uma irritação funda, corrosiva, venenosa, que se espalhou pelo meu peito como ácido. Não era medo. Não era preocupação. Nem curiosidade. Só uma fúria fria e amarga pelo simples fato de ela ousar me interromper enquanto eu ainda estava enterrado até o fim dentro da Lyra.
Eu ainda descia do auge do orgasmo, meu pau ainda latejando nos espasmos finais, as veias ainda intumescidas, a base ainda quente, grossa, pulsando.
E a Camilla?
Ela queria se matar?
Que caralho isso tinha a ver comigo?
Nem alcancei o telefone por cuidado. Não atendi porque me importava com a vida dela. Eu peguei o aparelho porque a merda da vibração