~Damon~
O rosto dela. Aquela boca trêmula. O robe escorregando do ombro como se a própria tentação estivesse despindo ela. O jeito como o corpo se movia quando eu falava. O jeito como as coxas permaneciam abertas, úmidas de desejo, como se ela tivesse nascido pra ser fodida.
Por mim.
Não.
Não, porra.
Ela era a Lyra.
Uma garotinha do caralho.
A menina que costumava invadir meu escritório pra roubar doces. A que desenhava pra mim e me chamava de "protetor". Aquela que me olhava como se eu fosse um porto seguro.
E agora?
Agora ela me olhava como se eu fosse o diabo por quem ela queria se ajoelhar.
E o pior?
Eu queria que ajoelhasse mesmo.
Queria segurar ela pela garganta e dizer que tudo bem ser arruinada. Que tudo bem se sangrasse. Se chorasse. Se gritasse Daddy com meu pau enterrado tão fundo que ela esquecesse como se respirava.
Queria marcar ela.
Dar o nó nela.
Foder até ela ser minha.
Em todos os sentidos da palavra.
Afundei na cadeira e enterrei o rosto nas mãos, o peito arfando.
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