Eu não conseguia respirar.
Eu não conseguia pensar.
Eu só conseguia ficar de pé ali, com a minha alma inteira tremendo e o meu corpo ainda vibrando como um diapasão atingido com força. Os meus joelhos queriam ceder. O meu coração queria escapar do peito. O meu cio ainda queimava, ainda puxava, ainda escorria de mim em ondas quentes toda vez que eu apertava as coxas. O que acontecia a cada dois segundos.
E então ele olhou para mim.
Ele olhou para mim como se ainda estivesse com fome.
Como se eu não estivesse acabada.
Como se aquilo tivesse sido só o intervalo.
Ele não sorriu. Ele não falou alto. Ele não perguntou se eu podia andar.
Ele simplesmente se inclinou e murmurou, baixo, sujo, cheio de destroço...
— Vamos, gatinha.
E eu juro...
Caralho.
Aquela única palavra rasgou através de mim como um segundo orgasmo. Um mental. Um emocional. O meu corpo inteiro reagiu. Eu gemi sem gemer. O meu ar saiu em um soluço quente e eu precisei cerrar os punhos para não desabar ali mesmo. Eu queria cai