Ele caminhava de um lado para o outro, da cozinha para a sala, da sala para a porta, abria e olhava para fora.
—Senhor, deseja tomar algo?
—Não, Ana. Estou bem.
Ana desapareceu outra vez, deixando Daniele com a mesma inquietação; fazia quase duas horas que Chiara tinha saído para o encontro com Dante.
“Era só para conversar, por que têm que demorar tanto?”, perguntava-se.
Repetiu seu percurso umas dez vezes mais, até que já tinham passado três horas.
Cansado, decidiu sentar-se, ocupar o tempo com outra coisa, mas enquanto olhava para as paredes da sala, as cortinas da janela ou qualquer outra bobagem, sua mente não conseguia se distrair.
Dirigiu-se ao quarto do filho, mas Dav dormia. Não havia outra pessoa capaz de acalmar sua ansiedade; entrou no quarto de Chiara, viu no canto suas malas e algumas roupas sobre a cama, os saltos encostados na parede e ainda aquele cheiro de perfume que permanecia no ar desde que ela saíra.
Sentou-se na cama, sua respiração pesada o fez deitar.
Tentou