Visão de Erick
Os batimentos do meu coração se aceleram em um ritmo até então desconhecido por mim. Parece me sufocar, esmagando meus pulmões. Vou até o barzinho e encho meu segundo copo do whisky. Retorno, mas fico em pé. Continuo com minha confissão.
- Fiquei desesperado diante de tanto sangue, sem saber o que fazer. Liguei para Patrick, ele veio de imediato e levou Kate para o hospital. Depois de ser atendida e de fazer alguns exames, descobri que Kate estava grávida e que perdeu o bebê na queda.
Parei de falar, meus olhos úmidos. Júlia se levanta e fica diante da janela olhando para a cidade abaixo de nós. Aproximo devagar e seguro em sua mão. Ela não se afasta. Ficamos assim por alguns minutos.
- O filho era seu? – Ela pergunta com a voz embargada.
- Sim, era. Solicitei um exame de DNA. Ela estava grávida de 8 a 10 semanas e era um menino. Depois de dois dias Kate foi liberada. A procurei para a gente conversar e ela me acusou pelo seu acidente e pela perda da criança.
Ela