Caroline Hart
O café estava pronto. Eu amava o cheiro de café recém passado, e ovos pela manhã. Era reconfortante.
Mas agora,ele só me lembrava que Damon Thorn estava naquela casa — e, ao mesmo tempo, a mil quilômetros de distância de mim. E que eu era sua cozinheira, ele era meu chefe e o homem que não saia dos meus pensamentos.
Estava entranhando como um perfume em mim.
Eu ouvia seus passos no andar de cima, firmes, controlados. O ranger do corrimão. A respiração contida. Ele sempre chegava assim: como uma tempestade prestes a cair, mas que nunca desabava por completo.
E eu odiava negar para mim mesma que queria amar ele.
Quando Damon apareceu na porta da cozinha, a tensão entrou junto com ele.
Sua camisa era escura, a barba estava por fazer, olhos intransponíveis. Ele parou. Me olhou. Silêncio.
"Vou tomar café na construtora." Sua voz era baixa, prática. Quase fria. "Pode embalar pra mim?"
Assenti sem dizer nada. Peguei a marmita, enchi com os ovos mexidos e o pão que eu tinha a