Caroline Hart
“Damon!”
Minha voz saiu mais alta do que deveria, mas não importava.
Ele parou no mesmo instante, o corpo tenso, o cheiro de terra e chuva ao redor dele como uma segunda pele.
Eu o encarei, sem hesitar.
“Precisamos conversar, ou você vai continuar me evitando?”
Ele virou devagar. Os olhos encontraram os meus.
Intensos. Profundos. Inatingíveis.
Mas eu não recuei. Já tinha recuado demais.
Andei até ele com passos rápidos.
O bilhete amassado estava na minha mão.
Levantei e mostrei. “Você vai me dizer o que é isso?”
Ele não respondeu. Só olhou para o papel por um segundo e depois de volta para mim.
“Quem escreveu isso, Damon?” Minha voz falhou por um instante, mas eu não deixei a emoção tomar o controle. “Você sabia. Sabia desde o começo. E mesmo assim, me proibiu de sair sem me dizer o porquê. Me deixou aqui, no meio do nada, sendo vigiada, observada, ameaçada!”
“Eu estava tentando te proteger.”
“De quê?” Quase gritei. “Do que você está me protegendo, Damon?”
Ele não respon