Damon Thorn
O vento ainda carregava o cheiro dela. Doce, forte, marcante.
No meu quarto, observei o lençol amassado, travesseiro quente, o perfume doce da pele humana misturado ao meu.
E mesmo com a janela aberta, mesmo com o frio da floresta cortando o quarto, nada limpava sua presença.
Caroline.
O nome dela era um problema. Um erro. Um risco.
E ainda assim… era a única coisa que minha mente repetia como um mantra.
Eu a queria. Mais do que querer, eu queria reivindicá-la como minha.
Ela era uma humana, eu um lobisomem. Quais as probabilidades disso dar certo?
Passei as mãos pelos cabelos, ainda tentando recuperar o controle. A noite passada tinha sido intensa demais. Instintiva demais. Verdadeira demais. Eu tinha deixado o lobo chegar perto dela. E pior — tinha gostado da sensação.
Ela não fazia ideia do que significava se deitar com alguém como eu.
Do que o lobo dentro de mim podia querer a partir de agora, de quanto eu me controlei para não a machucar e deixar ele assumir.
Reivind