Caroline Hart
Acordei sobressaltada.
Meus dedos apertavam o cobertor como se algo tivesse me assustado — mas não havia som, nem luz, nem movimento. O chalé estava mergulhado no mais silêncio.
Me levantei devagar, ainda desnorteada, tentando entender por que meu corpo estava em alerta.
Talvez tenha sido um sonho. Ou talvez…
Caminhei até a janela e abri a cortina com cuidado.
O frio da manhã ainda envolvia a floresta como um manto. A névoa era mais espessa que o normal, e por um segundo eu não vi nada. Então…
Meu coração parou.
Entre as árvores, a uns cinquenta metros de distância, havia uma silhueta.
Parada.
Observando.
Pisquei várias vezes, tentando ter certeza.
Era uma figura masculina. Alta. Ombros largos. O rosto escondido pela sombra e pela neblina.
Dei um passo para trás instintivamente.
Mas, assim que fiz isso… ele desapareceu.
"Não pode ser."
Pus um casaco por cima do pijama e saí do chalé sem pensar duas vezes, os pés afundando na grama molhada.
Caminhei até o ponto ond