Minha cabeça se levantou tão rápido que foi um pequeno milagre eu não ter torcicolo, e encontrei Samuel me encarando com uma expressão impassível. Seus braços estavam cruzados, e ele estava apoiado no batente da porta com uma sobrancelha levantada para mim.
— Você poderia até tomar uma bebida enquanto está aí. — Ele continuou, afastando-se do batente e vindo em minha direção. — Qual é o seu veneno, uísque ou vodka?
Afastei-me da mesa dele, engolindo em seco enquanto corria do lado dele para o meu.
— Eu... eu não bebo. — Gaguejei, e Samuel estreitou os olhos para mim por um longo momento antes de sorrir.
— Agora que penso nisso, não é surpreendente, Pequena Loba.
Suas palavras me pegaram de surpresa, e senti um toque de desafio surgir, mas não reagi.
Ele tinha me pegado bisbilhotando seus arquivos pessoais, e estava lidando com isso surpreendentemente bem, considerando o fato de que, da última vez que o vi, ele parecia a segundos de partir para cima de Rosa.
— Quer dizer, eu já bebi alg