POV Liah
A dor rasgava meu ventre como lâminas quentes. Cada contração era um terremoto que partia meus ossos por dentro, me deixando cega de agonia. O cheiro de sangue se misturava ao cheiro frio da noite que entrava pelas frestas da janela.
“Não… ainda é cedo…”
Meu corpo tremia sem controle. Maeve segurava minhas mãos, sua voz rouca entoando cânticos antigos em línguas que eu não conhecia. Lágrimas rolavam pelo meu rosto, caindo na pedra fria sob mim.
— Magnus… — gemi baixo, a voz falhando enquanto outra onda de dor me consumia. — Por favor… eu preciso dele…
“Ele não virá.”
Meu coração gritou essas palavras. Mas parte de mim ainda esperava que a porta se abrisse, que aqueles olhos vermelhos me encontrassem no meio da dor, que suas mãos calejadas segurassem as minhas. Mesmo que fosse para me xingar. Mesmo que fosse para me odiar. Eu só… precisava dele.
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POV Magnus
Os gritos ecoavam pelos corredores como uivos de um lobo ferido. Cada som