POV Liah
A dor era tão profunda que eu não sabia mais se respirava. Cada contração parecia me rasgar em duas, e eu sentia o sangue quente escorrer pelas minhas coxas enquanto as parteiras corriam ao redor, em um balé de pavor. — Empurre, minha Senhora! — gritava a curandeira principal, com as mãos ensanguentadas. Meus gritos ecoavam nas paredes de pedra negra, abafados apenas pelo uivo do vento lá fora. Mas não era o vento… era ele. Eu sentia Magnus, sentia seu cheiro, sentia sua presença sombria pairando na porta como um presságio. Quando finalmente o primeiro bebê saiu, um silêncio pesado dominou o salão. — É um menino, Alfa — disse a parteira, tremendo. — Um garoto saudável. Vi Magnus dar um passo à frente, seus olhos vermelhos brilhando com algo que parecia… orgulho. Ele pegou o bebê nos braços, analisando seu rosto pequeno e perfeito, os cabelos negros como os dele, a pele pálida