Acordar naquela manhã foi como emergir de um sonho que ainda agarrava sua pele. Alicia sentia o corpo dolorido, os músculos tensos, como se tivesse corrido por horas — ou lutado com algo que ainda não compreendia.
A marca em seu ombro latejava. Pulsava como um segundo coração.
Ela se vestiu com roupas que haviam deixado para ela — calça de tecido grosso, uma blusa justa de mangas compridas e botas reforçadas. Roupas de treino, aparentemente. E quando desceu as escadas da casa, encontrou uma mulher à porta, esperando-a com os braços cruzados e um sorriso enviesado no rosto.
— Bom dia, princesa da lua. — A voz era irônica, mas não hostil. — Eu sou Thalia. Beta da matilha. E hoje a gente vai descobrir se você serve pra mais do que carregar uma marca bonita.
Alicia arqueou a sobrancelha.
— Sempre tão acolhedores por aqui?
Thalia soltou uma risada baixa.
— Você não faz ideia.
A clareira de treino ficava num platô elevado, cercado por árvores grossas e o som constante da floresta viva. Vári