— Avancei no projeto que você passou para mim e para o Mark. — digo, com a voz neutra, mas por dentro carregando um turbilhão.
Ryan nem levanta completamente os olhos. Apenas assente com a cabeça, como quem confere um item da lista.
— Muito bem, obrigado. Você pode ir pra casa agora...
Fico ali, com uma das mãos ainda segurando a maçaneta da porta, sem saber se rio da ironia ou dou meia-volta e jogo minha pasta na cabeça dele.
A mulher à frente dele — aquela visão de editorial de revista — sequer se digna a olhar para mim. Vira o rosto como quem afasta uma poeira incômoda da frente.
Claro, Katerina, por que você esperava algo diferente? Você é só a assistente diligente, funcional… descartável.
— Feche a porta ao sair. Obrigado, senhorita Martin. — ele completa, olhando direto para mim com aquele tom polido que me soa como uma facada com luvas de veludo.
A respiração me foge por um segundo. Não posso causar uma cena. Não ali. Não agora. Se eu demorar mais um minuto, essa mulher v