João Paulo
— Hum, para Doti, não quero beijo agora. — Tranco a boca fugindo do seu beijo molhado.
Mais uma vez ela tenta me beijar, sorrindo, mas não fala nada.
— Para, Dorotéia. — A empurro e ela rosna.
Um latido me acorda de supetão.
Ahh, porra! Passo a mão na boca para limpar a baba da cadelinha que entrou em meu quarto na madrugada.
— Se você queria um beijo, era só pedir. — Ela me olha com a cabeça levemente pendida para direita e eu sigo o movimento, depois disso, ela salta alegre, dá três voltas ao redor de si mesma e se deita ao pé da cama.
Foi quase impossível pegar no sono tendo em vista que eu estava tão perto e tão longe da Dorotéia. Em determinado momento da madrugada, acordei com um barulho na porta, como se alguém tentasse abri-la