CAPÍTULO 13 – Narrativa de RB
Aquela casa tava virando um campo de guerra silencioso.
Toda noite, eu me trancava no quarto com Aline como se isso fosse me proteger de algo muito maior que o desejo. Eu fodia com raiva, com vontade de esquecer, de me punir. Aline gemia no meu ouvido como se o mundo fosse acabar, se oferecia como quem implora por amor. E eu, como um covarde, me afundava nela. Mas não era prazer... era fuga.
Na primeira semana, ela era só um refúgio quente e úmido. Na segunda, virou rotina. Mas na terceira, começou a incomodar. Não por ela. Mas pela forma como Mirtes começou a olhar pra gente.
Mirtes nunca aceitou bem dividir espaço. Desde que chegou, se comportava como a dona do pedaço. A vadia de confiança. A cama certa. A única que conhecia meu corpo no escuro. Mas agora… agora ela via Aline entrando no meu quarto e saindo com as pernas tremendo. E isso tava acabando com ela.
— Essa tal de Aline vai ficar até quando, hein, RB? — Mirtes soltou do nada, quando eu e