CAPÍTULO 12 – Narrativa de Lavínia
RB achava que eu ia ficar quieta. Que ia engolir calada a presença daquela mulher andando pela casa como se fosse dona. Que ia ver ele trancado com ela no quarto e simplesmente aceitar.
Mas ele esqueceu com quem estava lidando.
Depois do beijo que trocamos — aquele maldito beijo cheio de desejo e arrependimento —, ele passou a me evitar com mais força. Aline se aproveitava disso, grudava nele como uma praga elegante, sussurrava conselhos venenosos no ouvido dele. E ele, como um otário apaixonado, escutava.
Foi aí que eu decidi jogar o jogo do jeito dele. Só que no meu tabuleiro, quem mandava era eu.
Comecei a dar atenção ao advogado. Um homem mais velho, bonito, educado, e com um charme sóbrio que me agradava. O tipo de homem que escuta, que fala olhando nos olhos, que trata uma mulher com um certo cuidado — mesmo quando quer devorá-la. Ele já dava em cima de mim fazia tempo, mas eu nunca tinha cedido. Agora, eu precisava mostrar que não era uma