Pela cara de poucos amigos que ela me fitava, eu devo ter falado as palavras em voz alta.
Merda!
— Nada! — Respondi a contra-gosto. Ela pareceu não querer puxar mais discussão alguma, ficou em silêncio e eu não queria deixar um clima ruim entre nós duas, então me vi dizendo o motivo de minha correria desenfreada.
— Vi aquele cara, por isso saí correndo. — Ela me encarou com curiosidade, entortando a boca, certamente cogitando se quer ou não saber toda história.
Bicha curiosa e orgulhosa. Pensei reprimindo um sorriso ao vê-la se virar em minha direção e cruzar os braços.
— Você fala como se eu soubesse quem é o cara, Beatriz. — Olhei feio em sua direção.
— Que cara, Lourdes? — Depois de alguns segundos ela volta a falar.
— Ah! Esse cara…
— É, esse cara!
— Espere só um momento… — Descruzou os braços. — Você saiu correndo feito uma maluca e se escondeu atrás do letreiro, ao ver o estranho gostosão? — Questionou-me se referindo ao letreiro escrito “Salvador”, em frente