— Se você não tivesse um compromisso agora, nós dois com toda certeza continuaríamos o que começamos. — Ela diz, como se lesse meus pensamentos. Sorriu para a mesma lhe roubando um selinho.
— Não me tente, pensei o mesmo, mas agora tenho que ir.
— Eu sei, só sinto por você não tomar o desjejum.
— Eu também! Mas, não estou com fome, prometo almoçar mais tarde. — Ela assentiu se desgrudando de mim.
— Aqui o seu café. — Ela pegou meu copo térmico de cima da pia e me entregou. — Do jeito que você gosta. Preto, sem açúcar, nem tão forte e nem tão fraco. Se for fraco demais parece água suja e se for forte demais fica amargo em excesso...
— E de amargo já basta a vida. — Eu e ela falamos juntos. — Você lembra. — Emendei surpreso, voltando a rir.
— Claro que sim! Tome, não posso esquecer a mensagem do dia. Leia antes de começar o julgamento. — Ela pediu, colocando o papel no bolso de meu terno. — Te amo! Já sinto saudades.
— Eu também já sinto saudades! Te amo! Te vejo na quarta-feira!