— Eu... Hum!
— O que você quer me falar? Posso ver isso em seus olhos. Seja o que for, entenderei.
— Sou assim tão transparente? — Desviou seu olhar do meu para fitar ao redor, se afastou de mim e sentou na cama.
— Você é sim! — Respondi sentando na cama e a observando mais atentamente.
— Se sou transparente para você, então você sabe a minha resposta e o porquê.
— Sei? — A fitei como se apenas aquilo me desse a resposta que preciso. Ana Beatriz continuou a me observar.
Ah! Não! Pensei dando-me conta do que ela estava falando.
— Você quer... Mais? — A questionei cauteloso. — Já conversamos a respeito disso.
— Não, você disse o que queria, eu apenas escutei.
— Então estamos em um impasse. — Falei grosseiro.
— Você pode me ouvir ou só você pode falar? — Perguntou-me com ousadia. Arregalei meus olhos com espanto.
— Fale, Ana Beatriz, sou todo ouvido. — Ela respirou fundo e brincou com o edredom. — Vamos, Ana Beatriz. — Toquei em cima do edredom e ela me fitou. — Fale.
— Não f