“Nicola, você tem que controlar essa língua.” — pensei comigo mesma, enquanto caminhava de volta com a bandeja. — Você fala demais. Quando abre a boca, parece uma metralhadora.
Respirei fundo e decidi: quando voltar, vou levar uns biscoitinhos, uma saladinha de frutas… agradar nunca faz mal. Se ele não comer, paciência.No refeitório, organizei tudo com cuidado: servi o café amargo que ele pediu, mas ao lado coloquei uma taça de salada de frutas colorida, uns biscoitinhos crocantes, um copo de água fresca e ainda um suco natural. Equilibrei tudo na bandeja e voltei, sorridente.— Aqui está, doutor Vittorio: o café puro e sem açúcar que o senhor pediu. Mas… como vai esperar dez minutos, achei melhor trazer uns biscoitinhos, uma saladinha de frutas, um suquinho e água. Assim o tempo passa mais rápido. Pena que não achei uma revista ou um livro. Se soubesse o tipo de leitura que o senhor gosta, teria trazido também.Ele me olhou por cima da xícara, e