P.O.V VICTORIA
Sicília, Itália
21:15
Estaciono meu carro na garagem aberta da minha casa, me deixando finalmente ser invadida plenamente pelo sentimento de frustração e culpa que me assolou durante toda a noite durante o encontro, como se eu estivesse fazendo a coisa mais errada do mundo. Por outro lado, também há o alívio por estar em casa.
Apoio as mãos no volante, deitando minha cabeça para trás no banco enquanto sou acolhida pelo silêncio e o cheiro de atalcado e floral do perfume do veículo, e por um breve instante, minha mente se silencia. Uma trégua rápida demais do meu cérebro antes de trazer Heitor de volta para cada canto. Acabo tirando a chave da ignição preguiçosamente, antes de descer e meus saltos tocarem o chão.
Bato a porta da frente seguindo o caminho para fora da garagem até que minha mente traiçoeira me acusa de ingratidão quando as flores e chocolates esquecidos me vem à mente, me fazendo dar meia volta, destravando as portas de trás do carro para tirar o buquê