Voltei para o hotel sentindo o peso da manhã nos ombros. Ensinar Zoe nunca era exatamente cansativo, pelo contrário, era a melhor parte do meu dia, porém, as insinuações da Joyce estavam acabando com o resto de saúde mental que eu tinha.
Mas apesar disso, eu tive que me concentrar no meu plano com a Zoe.
Talvez ela pensasse que eu só quisesse ajudá-la, sem nenhuma intenção, mas a verdade era que eu precisava tirar minhas dúvidas.
Joguei a mochila no sofá do quarto, tirei os sapatos e fui direto para o chuveiro.
A água quente escorrendo pelas costas me trouxe um pouco de clareza, eu precisava organizar minha vida, e para isso, era necessário entender o que estava acontecendo pelas minhas costas.
Mesmo que o Luciano tentasse esconder o que fazia, era óbvio que a Zoe descobriria, aquela garota era absurdamente sagaz, talvez fosse resultado de uma vida reclusa com pessoas altamente calculistas. A falta de visão do mundo a tornou assim, tendo como exemplo apenas os pais.
Depois do banho,