Ele se afastou pelo corredor, o uniforme cinza moldando-se ao corpo de maneira impressionante, com as mangas dobradas que expunham seus antebraços robustos, como se quisessem evidenciar a força que emanava dele.
Por alguns instantes, eu o observei mais do que deveria, absorta em sua presença imponente e hipnotizante, até que percebi que o ar parecia rarefeito ao meu redor, como se a atmosfera estivesse carregada de eletricidade.
A prancheta em suas mãos aparentava ser um mero acessório, quase irrelevante diante do magnetismo que irradiava.
No entanto, a maneira como caminhava, com passos firmes e decididos, enquanto o tecido da calça parecia agir em perfeita sincronia com suas longas e musculosas pernas, era quase uma provocação involuntária que mexia com meu emocional de uma forma que eu não conseguia entender.
Suspirei ao me encostar na parede fria, sentindo meu coração disparar de uma forma que era ao mesmo tempo assustadora e intrigante. <