21. Morta, eu?!
Os dois se olharam como heróis de um filme de ação, e Cássia não pôde deixar de sorrir também, embora uma pontinha de ansiedade ainda a dominasse. Antes que ela tivesse chance de perguntar mais alguma coisa, Freire a interrompeu, voltando sua atenção para o balcão.
— O que vão querer? — perguntou, com aquele sorriso malicioso que só ele sabia fazer.
Cássia não perdeu tempo e respondeu de imediato:
— Um telefone.
Charles, sem hesitar, acrescentou no mesmo momento:
— Uma cerveja.
Cássia o lançou um olhar sério, tentando manter o controle da situação:
— Você está dirigindo, esqueceu?
Charles deu de ombros e, com uma expressão de quem não estava muito preocupado com isso, respondeu com um tom brincalhão:
— Uma cerveja não vai me matar.
Freire, que estava observando a troca de olhares entre os dois, ergueu uma sobrancelha, curioso. Ele olhou para Charles, esperando algum tipo de explicação, mas logo desistiu e apontou para o canto do balcão.
— O telefone tá ali. — Ele indicou uma pequena m