NICHOLAS
— Olá, querido — diz Catharina, sorrindo sedutora. Seus olhos brilham de expectativa. — Estava ansiosa pela sua chegada. Faz tempo que não aparece por aqui, não é mesmo? Senti muito a sua falta.
Cruzo os braços, frio, sem paciência para esse jogo.
— Não tinha interesse em vir — respondo, direto. — Só apareço quando tenho vontade. Se preferir, posso simplesmente me retirar e não voltar mais. E, sinceramente, não quero mais ouvir cobranças sobre a minha frequência aqui.
Sei que minha resposta a incomoda, mas não me importo. Catharina deveria ter aprendido a lidar com isso. Entre nós, nunca houve promessas. Nunca houve ilusões. Sempre fui claro: é apenas sexo.
Ainda assim, as mulheres parecem ter dificuldade em aceitar limites quando o desejo se torna frequente. Elas confundem prazer com apego, corpos entrelaçados com sentimentos. Eu não quero compromisso, nunca quis.
Houve uma única exceção. Mas isso pertence ao passado.
E agora, por mais que eu tente fugir, aquela exceção volt