LUNNA
— Ah, Julia... Estava pensando aqui. Você sabe que eu quero muito conhecer meu pai, né?
— Eu sei — respondeu Julia, sorrindo com empolgação. — E se a gente pesquisasse sobre ele na internet? Dá para encontrar pessoas assim, sabia? Vi na TV que, se a gente souber o nome completo, dá certo.
Meu coração bateu mais rápido.
— Sério, Julia? Mas eu só sei que o nome dele é Nicholas... Não sei o sobrenome. Acho que vou perguntar para minha mãe. Quem sabe eu consiga encontrar ele, né?
— Sim! Tenta perguntar. Vai que ela sabe.
Minha mente não conseguia largar essa ideia, mas forcei um sorriso e tentei focar no presente.
— Agora, vamos brincar antes que o intervalo termine.
Brincamos até o recreio acabar, mas minha mente não estava ali. A cada risada, a cada passo correndo pelo pátio, um pensamento insistia em voltar: E se meu pai também estivesse me procurando?
Talvez, um dia, ele e minha mãe ficassem juntos de novo. Eu teria uma família completa. Pai e mãe na mesma casa, igual a