Bruno Alcântara
Os dias tem se passado e a cada um que passa é pior que outro, deitar em nossa cama e não sentir o perfume da minha mulher me enlouquece. Não sabia mais o que contar para nossos filhos, eles estão começando acreditar que estou mentindo para eles.
Finalmente minha Deusa atende a ligação, sua voz está diferente, não há mais aquela irritação, existe outra coisa ali que não consigo identificar, talvez ela tenha ligado para o Fritz e contado o que houve.
Observo enquanto ela conversa com nossos filhos e sobrinhos que vieram passar o fim de semana em nossa casa. Matheus é o que está mais triste, nosso menino tem apenas quatro anos e é tão apegado a mãe com a minha pipoquinha.
— Quando você volta mamãe? — Ele insiste na pergunta.
Já havia feito a pergunta algumas vezes e ela apenas desconversou, o que me fez acreditar que não tem intenção de voltar para essa casa, não comigo aqui.
“Assim que a mamãe conseguir resolver um problema com o papai, meu campeão.”
Ela diz com uma vo