Carolina Alcântara
Sento no meio da cama e espero pacientemente que Hassan venha ao meu encontro, não quero magoar o homem que está ali tão disposto me estendendo a mão e não me deixando afundar na tristeza que estou.
Abraço um dos travesseiros e sinto o perfume almiscarado, me surpreendo que ele não me enjoa. Sorrio ao olhar para a tapeçaria ao lado da cama e notar que posso, sim, me apaixonar por tudo isso.
Posso passar um período longe dessa loucura, curtir a minha gestação ao lado desse homem que parece estar começando a se envolver comigo. Com uma mulher traída, nesse momento insegura e praticamente o usando como escape da minha realidade.
— Está pronta? — Olho para o homem apenas de toalha na cintura.
— Acho que sim. — Sinto minhas bochechas queimarem.
— Há quanto tempo não se sente assim envergonhada Carol? — Um sorriso brota em meus lábios.
Enquanto penso no que ele pergunta, pondero sobre isso. Estou a mais de dez anos com o Bruno, já passamos por várias situações juntos que