Cap.148
O salão principal da mansão dos feiticeiros era vasto e silencioso.
Runas flutuavam no ar, cintilando como pequenos sóis aprisionados em fios de fumaça.
As chamas azuladas dançavam nas tochas, projetando sombras que se contorciam nas paredes.
Maya caminhava entre elas com o coração apertado — cada passo ecoando como um peso em sua alma.
Os feiticeiros a seguiam, em formação.
Nenhum deles ousava ultrapassá-la.
Para eles, ela não era mais uma mulher, nem uma loba, nem uma híbrida — era a Rainha das Origens, a deusa que despertara para comandar o equilíbrio e encerrar o ciclo da guerra.
O mais velho, de olhos prateados e manto bordado com símbolos arcanos, caminhava à frente. Sua voz grave rompeu o silêncio.
— Está quase na hora, minha rainha. A coroação será feita antes do nascer da lua e você reinara sobre nossa espécie e poderá receber aqueles que precisam de sua ajuda.
Maya parou, voltando-se lentamente.
Seu olhar atravessou o homem, frio e ferido.
— Governar os meus? — ela