Cap.147
Maya Narrando.
O vento ainda cheirava a sangue quando segui os feiticeiros.
Eles não disseram uma palavra, apenas caminharam, alguns seguiam flutuando com tanta facilidade sobre o chão coberto de cinzas e poeira mágica.
Eu os seguia em silêncio, o som dos meus próprios passos ecoando como um lembrete de que, por mais que minha essência tivesse mudado, eu ainda era... viva, estive todo esse tempo com partes de minhas memorias sendo drenadas como se tivesse presa em um lopper e agora que eu voltei parece que me enfiei em uma confusão maior ainda.
A mansão surgiu diante de mim.
Imensa, antiga, com muralhas encantadas e torres cobertas de runas que pulsavam uma luz azulada. Era diferente da casa onde Kan e eu estávamos. Essa parecia pertencer a um outro mundo, o deles.
O portão se abriu sozinho. As correntes que o protegiam se dissolveram ao meu toque, como se me reconhecessem.
O ar ali dentro era pesado, cheio de memórias que não eram minhas, mas que, de alguma forma, eu podia s