Cap.146
Um clarão cortou o céu cinzento, abrindo um rasgo entre o tempo e o espaço.
Maya emergiu, suspensa no ar, envolta por uma luz dourada e prateada.
A paisagem diante dela era um campo de guerra cruel, de uma luta injusta.
Corpos de lobos juncavam o chão.
Filtigal, ferido, tentava ainda resistir, protegendo o corpo inconsciente de Gabriel, que era arrastado por dois feiticeiros de mantos cinzentos.
O cheiro de sangue e magia enchia o ar.
— Parem com essa luta sem sentido! — ela asseverou, desesperada.
E então, tudo parou.
Com um simples movimento da mão, Maya congelou o tempo.
Os lobos ficaram imóveis em meio ao ataque, os feiticeiros travaram no instante do movimento, mas todos, absolutamente todos, permaneceram conscientes do que estava acontecendo, sem conseguir ir contra.
Apenas seus olhos se moviam, e cada olhar estava fixo na figura suspensa no ar.
A voz de um dos feiticeiros, rouca de espanto, cortou o silêncio.
— ...A Deusa das Estrelas... está de volta...
Um murmúrio se