Cap.137
O anexo se transformou em caos. Ecos de vozes chamando por ajuda, passos apressados, panos e água fervente — tudo acontecia em turbilhão.
Lana gritava, o corpo arqueando de dor. Suor escorria pela testa, e as lágrimas se misturavam com o medo.
As contrações vinham rápidas, impiedosas.
— Respira, Lana… respira… — dizia uma das mulheres da ala, que era parteira, tentando mantê-la consciente.
Mas a mente de Lana estava longe.
Entre uma dor e outra, ela ouvia de novo aquela voz — a mesma de antes — que parecia em êxtase com o fato de ela estar tendo a criança naquele momento, como se tudo tivesse sido premeditado.
Mais nítida agora, quase sussurrando em seu ouvido, a voz parecia ganhar forma. Lana continuava ouvindo:
“O filho deve nascer, mas o preço precisa ser pago…”
Lana gritou, apertando os lençóis com tanta força que os nós dos dedos ficaram brancos.
E então, o som mais esperado — e mais temido — ecoou pela ala: o choro de um bebê.
Ela pôde relaxar, e a voz desapareceu. Não s