cap.136
Cap.136

Os corredores da mansão pareciam ainda mais longos e escuros quando o silêncio se instalou. Gabriel olhava fixamente para os três meninos à sua frente, os olhos carregados de urgência.

Ele franziu o cenho, a voz saindo grave, quase um rosnado contido:

— E então?

Ayel, Noam e Lior baixaram os ombros ao mesmo tempo, como se um peso invisível os esmagasse. O olhar dos três era infantil e maduro ao mesmo tempo, algo estranho para crianças de apenas cinco anos.

— Não queremos fazer isso agora… — disse Ayel, a voz embargada. — Porque, se fizermos… sabemos que a mamãe tem pouco tempo de vida.

Os gêmeos assentiram em silêncio, confirmando o que o irmão havia dito.

Gabriel fechou os olhos por um instante, apertando a ponte do nariz. A impaciência escorria de cada gesto.

— Vocês não podem estar falando sério… — murmurou. — Vai todo mundo morrer desse jeito.

Ele passou a mão pelos cabelos, os olhos queimando de raiva e frustração.

— Vocês são iguaizinhos ao Kan… o gene não neg
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