Cap. 121
Cap. 121
— Não precisa se sentir insegura — disse, com aquela voz grave que parecia vibrar dentro de mim. — O nosso mundo será o seu mundo. E o seu mundo será o nosso. Esse é só um momento para descontrair um pouco.
Piscar foi o máximo que consegui fazer, sem saber como responder. Meu coração batia tão alto que parecia querer me denunciar.
Um sorriso quase tímido escapou dos meus lábios antes que eu pudesse contê-lo.
— Assim… no plural? Momentos desse tipo? — murmurei para mim mesma, baixo demais para qualquer um ouvir.
Ou pelo menos, era o que eu esperava.
Samuel não soltou minha cintura até me guiar até a mesa. Gabriel já havia escolhido a cabeceira, como se fosse óbvio, e eu — na minha inocência — pensei em me sentar do lado oposto, para ter um mínimo de distância. Mas não… claro que não.
No instante em que puxei a cadeira, Samuel se posicionou ao meu lado esquerdo e Gabriel, ao direito. A sensação era de estar cercada, não como ameaça… mas como se fossem dois campos magnéticos pux