Cap.120
Ponto de vista: Maya
O elevador parecia encolher a cada segundo. Eu podia sentir o calor dos corpos deles, mesmo sem um toque — como se a energia que irradiavam ocupasse todo o espaço. Era um inferno…
Gabriel, com aquele sorriso de quem gosta de provocar, estava à minha esquerda. Samuel Kan, imóvel como uma muralha à direita, não precisava mover um músculo para me fazer consciente de cada respiração minha.
E eu ali, tentando lembrar que precisava manter distância, que precisava lutar contra o vínculo… Não lembrava nem mesmo o meu nome.
Aquele vínculo maldito… não só com um, mas com os dois. Isso só pode ser uma piada de mau gosto do destino.
Minhas mãos estavam presas na frente do corpo, e eu evitava olhar para qualquer um deles. O silêncio era pior do que qualquer palavra; cada segundo me deixava mais alerta, como se o elevador inteiro estivesse prestes a explodir com a tensão.
As portas finalmente se abriram e eu saí com pressa, acelerando o passo. Talvez, se me afastasse o