Cap.122
O garçom voltou para trocar os pratos e, no instante em que se afastou, Samuel ajeitou um fio de cabelo que tinha caído sobre meu rosto. O toque rápido foi suficiente para meu corpo inteiro reagir.
Gabriel percebeu.
Claro que percebeu.
E, no segundo seguinte, inclinou-se também, pegando um guardanapo e limpando discretamente um pouco de molho no canto da minha boca.
— Não queria que estragasse essa… visão — ele disse, a voz rouca.
Eu estava cercada.
Literalmente, que inferno... um inferno com dois caras altos e lindos de morrer copia um do outro em aparência, mas personalidades diferentes que me deixavam curiosa.
O almoço tinha sido uma montanha-russa de sensações. Quando terminou, suspirei aliviada, como se estivesse libertando o ar que segurara o tempo inteiro. Não que tivesse sido desagradável… mas estar entre Samuel Kan e Gabriel era como caminhar por um campo minado de emoções e provocações sutis.
O caminho de volta à empresa foi silencioso. Samuel, como sempre, parecia m