35. Ela é nossa.
Connor
Sinto um cheiro estranho. Há vozes ao fundo, mas parecem distantes, abafadas, como se eu estivesse debaixo d’água.
‘Precisamos ser fortes’, Brutus sussurra em minha mente.
‘Eu sei… Mas… eu vi ela mesmo? Ou foi só uma ilusão?’
‘Ela nos ajudou’, ele responde com firmeza.
Apago novamente, mas com uma sensação reconfortante, a certeza de que ela esteve ali, do meu lado.
Um cheiro doce invade meus sentidos… baunilha e canela. É ela. Tão familiar, tão único. Tento abrir os olhos, mas estão pesados demais. Algo quente e úmido toca meu rosto, como uma gota. Em seguida, um toque leve.
Sua mão.
Meus olhos continuam recusando abrir, então, com esforço, seguro a mão que acaricia meu rosto.
— Connor… — sua voz. Um sussurro doce, suave, como nas vezes em que sonhei com ela.
Tento responder, mas minha voz parece ter desaparecido.
— Pela Deusa, você acordou mesmo? — ela diz com um suspiro, e só o som da sua voz me dá forças.
Abro os olhos devagar. A luz me incomoda, mas insisto até conse