A porta do elevador parou e eu sabia que alguém tinha entrado, mas não ergui os olhos, presos ao celular nas minhas mãos.
Eram oito horas de um sábado, e eu definitivamente não deveria estar respondendo mensagens de trabalho, muito menos enquanto seguia para a cobertura de um prédio extremamente luxuoso em Manhattan.
Eu trabalhava como assessor de um Deputado Federal e levava meu trabalho muito a sério. Não importava a hora, mas quando algo importante aparecia, não era uma festa de aniversário, que eu nem estava interessado em ir, que iria me impedir.
Nem mesmo se a festa de aniversário fosse da filha do meu patrão.
A proposta de lei para educação
antirracista tinha sido apresentada ao
Comitê de Educação há um mês e fora
encaminhada ao senado. Era ideia minha;
um esboço que fora feito há muitos anos, em
companhia do meu pai, que sempre foi um
idealista.
Nunca pensamos que sequer conseguiríamos colocá-la em prática, até que conhecemos Reginald Welsh o homem para quem eu trabalhava.
Est