— Belle, não me mata de ansiedade. O que deu?
Amy estava do outro lado da porta, usando o punho para
bater na cabine e chamar a minha atenção.
Eu estava sentada no vaso sanitário fechado, dentro de um
banheiro no hospital no qual fomos realizar um trabalho, olhando
para o bastãozinho em minhas mãos.
Com certeza havia lugares muito melhores para eu estar
descobrindo uma gravidez, mas era o que tínhamos. Não era como
se meu casamento fosse convencional, não é?
Especialmente depois que meu marido passou a mal olhar na
minha cara e a me rejeitar.
— Belle? Dá para você abrir essa merda dessa porta?
Eu precisava fazer isso, não só porque devia alguma
explicação à minha melhor amiga, que estava passando por tudo
comigo e segurando a minha mão, mas também porque estava em
um hospital e não podia ficar prendendo um dos banheiros por tanto
tempo.
Levantei-me e abri a porta, saindo. Pela minha cara, ela já
sabia a resposta.
— Positivo? — Amy perguntou, e eu só assenti.
Ainda segurando o bastão,