Eliz
Ania começou a colocar mais força para fechar a abertura mágica; o suor escorria na testa e o corpo tremia, até que cerrou o vórtice — o braço de Caspian caiu aos nossos pés, ainda se mexendo. Engoli em seco: não era bem assim que eu tinha planejado.
Olhei a fêmea correr com Kaia nos braços pelo pátio do abrigo sobrenatural. Uma brisa fresca e confortável me envolveu; creio que a deusa abençoou a minha decisão de salvá-la.
Levaram-na para dentro a fim de banhá-la e medicá-la, enquanto eu explicava à bruxa Gladis o que havia acontecido.
— E você foi buscá-la assim? — ela disse, passeando a mão com as longas unhas vermelhas pela minha barriga grande e pesada, arqueando uma das sobrancelhas bem delineadas, com um sorriso de canto típico de bruxa.
— Ania estava ao meu lado. No máximo arrumamos mais um inimigo. Nada que já não tenhamos aos montes.
— Hum, entendo. — O olhar dela foi direto a Ania. Bruxas e fadas não são exatamente amigas, mas as duas haviam melhorado bastante a re