A palavra "prostituir" era cortante.
O rosto de Aline empalideceu.
A atmosfera no carro congelou ainda mais.
Francisco tentou mediar:
- Então, será na próxima vez! Quando você estiver livre.
Mas, não importa o quanto tentasse suavizar o clima, parecia haver sempre uma distância intransponível entre Aline e Mateus.
O celular de Aline tocou, era Antônia na linha:
- Julieta está bem agora, já voltamos para Aeminium. Você está voltando? Manuel não fez nada com você?
Tantas coisas aconteceram no dia anterior. Aline disse que explicaria quando voltasse.
Então, a voz adorável de Julieta chegou pelo telefone:
- Mamãe, estou com saudades! Volta logo para ficar comigo!
Aline imediatamente cobriu o telefone com a mão, temendo que Mateus ouvisse algo.
Felizmente, seu celular antigo mal conseguia transmitir o som sem o alto-falante.
Provavelmente Mateus não ouviu nada.
Depois de desligar, Aline olhou para o celular e sorriu aliviada.
Ainda bem que ela tinha Julieta.
Levantando a cabeça, ela