Aline avançou para a chuva torrencial, logo ficando completamente encharcada.
Vestida em um vestido de gala e sapatos de salto alto, ela logo percebeu que os sapatos eram um incômodo naquela situação.
Ela tirou os saltos e ajoelhou-se na lama e chuva.
Manuel assistia do terraço do segundo andar de sua mansão, bebendo champanhe gelado, observando tudo.
Aline se prostrava a cada passo, subindo até o topo da montanha.
As pedras afiadas e irregulares do caminho cortaram seus joelhos, solas dos pés, palmas das mãos e testa.
Manuel, porém, achava que não era o suficiente. Ele se levantou e, apoiando-se no corrimão branco do terraço, observou com desdém:
- Srta. Aline, você só está se prostrando, sem pedir desculpas. Como os deuses podem ouvi-la? Ou será que você nem quer se desculpar?
Aline se levantou, subiu mais um degrau e se ajoelhou novamente.
Seu rosto estava frio, sem emoção. Ela disse:
- Eu estava errada.
Ela estava errada por ter traído Mateus há seis anos.
Manuel zombou del