No silêncio do quarto vazio, o som ecoou de maneira clara e inconfundível. Até Orson, que parecia sempre tão seguro de si, parou no mesmo instante.
Pela primeira vez, Zara viu algo novo em seu olhar: um traço de surpresa, quase incredulidade.
Ela apertou os dentes e virou o rosto, recusando-se a encará-lo. Orson, por sua vez, não insistiu. Soltou sua mão e levantou-se.
— O que você quer comer? — Orson perguntou, com a voz neutra.
Zara não respondeu.
Depois de esperar alguns segundos, Orson simplesmente saiu do quarto. Zara continuou imóvel, deitada na cama. Apenas quando seus passos se afastaram e desapareceram na distância, ela suspirou fundo e cobriu os olhos com a mão.
Não sabia quanto tempo se passou antes que Orson retornasse.
— Venha comer. — Ele anunciou.
Zara queria ignorá-lo, mas seu corpo começava a dar sinais de fraqueza. Ela havia passado quase o dia inteiro sem comer, e agora o estômago doía, e a cabeça rodava. Por fim, cedeu à necessidade física.
Orson havia comprado vári