— Como assim não tem lugar? Eu coloco na sala de estar. — Disse Marta, sorrindo.
— Não combina muito com a decoração daqui. — Respondeu Zara.
— E o que tem? Foi minha neta que fez para mim. Isso aqui é único, ninguém pode comprar, por mais que queira.
Com aquele argumento, Zara ficou sem resposta.
Marta então se virou para Natália, ainda com um sorriso no rosto:
— O que você quer, querida? Fala pra mim que eu mando buscar!
— Não precisa, vovó. — Respondeu Natália, balançando a cabeça. E, depois de uma pausa, acrescentou. — Ah, vovó, eu quero voltar para casa.
As palavras de Natália pegaram Marta de surpresa. Depois de alguns segundos de silêncio, ela finalmente perguntou:
— Voltar para casa? Mas você já está em casa…
— Não, vovó. Quero voltar para Cidade F, para a casa que é só minha e da mamãe. — Natália respondeu com seriedade.
As sobrancelhas de Marta se franziram lentamente. Ela olhou para Zara, como se buscasse alguma explicação.
Zara também não esperava ouvi