O quarto estava mergulhado em silêncio.
Paula estava sentada na cama, com as mãos agarrando firmemente o cobertor. Após encarar Orson por alguns instantes, ela soltou uma risada repentina.
— E então? Agora você está me ameaçando? Você acha mesmo que eu não tenho como lidar com você, seu moleque? Não se esqueça de que o Percival está no Grupo Harris. Se eu quiser, posso tirar tudo de você e entregar para ele!
— Ah, o Percival. — Orson balançou a cabeça levemente, como se estivesse refletindo. — Então o problema está nele, né?
— Não diga bobagens. — Paula tentou interrompê-lo, mas Orson continuou, sua voz tranquila e seu raciocínio afiado, como se estivesse montando um quebra-cabeça.
— Mas isso não faz sentido. Ela já sabia da existência do Percival antes. Mesmo que a senhora tenha trazido ele de volta de repente, a reação dela não deveria ter sido tão extrema, a menos que haja algo sobre a origem do Percival que ela não sabia.
As palavras de Orson caíram como uma bomba, e a