A voz de Erwin era calma demais, como se ele estivesse apenas comentando sobre o clima com Zara. Só então, quando Erwin virou-se para ela com um sorriso, Zara percebeu suas palavras.
Zara só tinha visto Erwin uma vez antes. Naquela ocasião, ele tinha cumprimentado-a com uma educação impecável, mais por respeito a Orson do que por vontade própria. Ainda assim, o olhar de Erwin havia deixado claro o quanto ele a desprezava, carregado de uma arrogância que ele nem sequer tentava disfarçar.
Agora, o mesmo olhar estava presente, mas parecia que ele tinha se dado conta de que essa atitude não combinava com o momento. Erwin tentou ajustar sua expressão para algo “mais amigável”.
O problema é que ele não conseguiu. O resultado foi um sorriso que parecia mais uma careta distorcida e quase ameaçadora.
Sem dar tempo para que Zara pensasse muito, Erwin continuou:
— Você gostou disso, não foi? Eu posso dar para você.
— Não precisa. — Respondeu Zara rapidamente. — Eu não entendo nada sob