Zara deu o tapa por puro reflexo. Afinal, Orson estava perto demais dela naquele momento.
Na verdade, Zara pensou que, com os reflexos dele, Orson poderia facilmente ter segurado sua mão se quisesse. Mas ele não o fez.
A marca do tapa da noite anterior ainda não havia desaparecido completamente, e agora havia outra para acompanhá-la. Se fosse para fazer uma piada sem graça, dava até para dizer que o rosto dele estava simetricamente equilibrado agora.
— Você teve um pesadelo? — Orson perguntou, como se não sentisse dor alguma.
Zara não respondeu.
— Não se preocupe, foi só um sonho. — Orson disse, por conta própria, enquanto começava a trocar de roupa. — Hoje estarei muito ocupado, então não vou tomar café da manhã com você. Pode ir ao hospital ver seu pai. Ah, aproveite e conte a ele sobre o cancelamento do casamento com Emory. Quanto à empresa, quando eu resolver tudo, eu mesmo explicarei a ele.
A voz de Orson era curta e direta, sem espaço para discussões.
— O que você p