O ferimento de Zara não era grave. Após os exames, ela recebeu alta no dia seguinte.
Ainda assim, o corte em sua testa não havia cicatrizado completamente, e ela tinha um curativo de gaze colado na região. O médico havia avisado que o ferimento possivelmente deixaria uma cicatriz, mas Zara não parecia se importar.
Ela estava sentada em silêncio no restaurante. As pessoas que passavam não conseguiam evitar lançar olhares curiosos para o curativo em sua testa.
Do lado de fora da janela de vidro, a agitação das ruas da Cidade A preenchia o cenário. As luzes vermelhas dos faróis, as janelas iluminadas dos prédios distantes e as barracas improvisadas de frutas e sorvetes na calçada criavam uma atmosfera acolhedora, um contraste gritante com a fria e impessoal Cidade N, cheia de arranha-céus e concreto. Cidade A parecia mais viva, mais humana.
Zara estava distraída, observando o movimento lá fora, quando ouviu passos familiares. Não importava o burburinho no saguão do restaurante, el